PODER DE DESINFETANTE

05/01/2009 22:25

 

 

   INMETRO TESTE  DESINFETANTES

 

08.06.2008
Inmetro testa os desinfetantes

https://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM838626-7823-INMETRO MOSTRA QUE DESINFETANTES SAO INOCUOS,00.html

Testes do Inmetro revelam: desinfetantes que estão à venda no Brasil não matam bactérias. E mais: uma das amostras estava contaminada por bactérias, aquelas que o produto deveria exterminar.

O Inmetro, em parceria com o Instituto Nacional do Controle de Qualidade em Saúde, testou 11 marcas de desinfetantes vendidas em todo o Brasil.

Marcas testadas

Extra
Lysoform
Minuano
Pinho Assim
Pinho Bril Plus
Pinho Ypê
Polar
Poupe Mais
San Pic
Higimex
Limp center

Primeira irregularidade: duas marcas não tinham registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): Higimex e Limp Center. Elas foram consideradas clandestinas e eliminadas do teste.

“Todo produto desinfetante deve ter registro na Anvisa”, explica Marcos Borges, da Divisão de Orientação e Incentivo à Qualidade do Inmetro.

As nove marcas que restaram foram submetidas a três análises. Primeira, a do rótulo. Além do nome e fabricante, o rótulo deve trazer informações para a segurança do consumidor: o registro, o tipo de risco que o produto oferece, alertas sobre possíveis reações alérgicas, orientações de primeiros socorros e indicações para armazenamento.

Das nove marcas analisadas, duas ou não apresentavam as informações exigidas por lei ou traziam informações erradas.

Teste da rotulagem

Reprovadas:
Minuano
Polar

O segundo teste avaliou a composição química dos desinfetantes. O objetivo é verificar se o que o fabricante anuncia na fórmula está realmente no produto.

Das nove amostras testadas, apenas uma foi reprovada, porque tinha um teor de princípio ativo bem menor do que o declarado pelo fabricante no momento do registro da marca.

Teste da composição química
 
Reprovada:
Minuano

“O princípio ativo é a quantidade efetiva do produto que tem ação desinfetante”, esclarece Marcos Borges.

O terceiro e último teste dos desinfetantes foi o mais detalhado. Cilindros de metal foram contaminados, em laboratório, com dois tipos de bactérias: a staphylococcus aureus, que é responsável por várias infecções alimentares e de pele, e a salmonella, que causa principalmente infecção alimentar. Se, depois de 48 horas, ainda houvesse indício de bactérias, o produto seria considerado ineficaz e reprovado.

Das nove marcas, seis tiveram amostras reprovadas, porque não funcionaram como bactericidas. O teste constatou, inclusive, que a amostra da marca Poupe Mais já estava contaminada antes mesmo das análises. Havia bactérias no desinfetante posto à venda no mercado!

Teste da análise microbiológica

Reprovadas:
Lysoform
Pinho Assim
Pinho Bril Plus
Polar
Poupe Mais
San Pic

“Isso contraria a própria função de um desinfetante, que tem que eliminar a bactéria, não carregar bactéria para dentro de casa”, alerta o representante do Inmetro.

Ao final das três análises, o Inmetro considerou que, dos nove desinfetantes analisados, sete tiveram amostras reprovadas pelo Inmetro.

Resultado final

Reprovadas:
Lysoform
Minuano
Pinho Assim
Pinho Bril Plus
Polar
Poupe Mais
San Pic

E quais são as justificativas dos fabricantes? Os responsáveis pelas marcas Minuano e Pinho Assim não se explicaram ao Inmetro.

As marcas Lysoform e Polar alegaram que foram aprovadas pela Anvisa, em testes feitos de acordo com as normas da agência. O Inmetro, porém, diz que os laudos são antigos. Foram feitos em 2004. O fabricante do Polar informou também que vai ajustar seus rótulos à legislação.

O fabricante do Poupe Mais, marca que já estava contaminada antes mesmo do teste, assegurou que vai investigar o que aconteceu e recolher o lote contaminado do mercado.

Os fabricantes dos desinfetantes Pinho Bril Plus e San Pic pediram reanálise dos produtos. Os novos testes voltaram a reprovar o Pinho Bril Plus e foram inconclusivos quanto ao San Pic, porque o material biológico usado não atingiu o padrão exigido pelo laboratório.

A Bombril, fabricante do Pinho Bril Plus, garante que o lote testado é o mesmo aprovado em laboratório credenciado pela Anvisa. Diz que o Inmetro não permitiu que seus técnicos acompanhassem as primeiras análises e informa que vai investigar por que os resultados entre os testes do Inmetro e do laboratório credenciado pela Anvisa foram divergentes.

A Reckitt Benckiser, fabricante do San Pic, também apresentou laudos de laboratórios credenciados pela Anvisa e que aprovaram o produto usando a mesma metodologia das análises do Inmetro. A empresa questionou a validade e a divulgação dos testes, dizendo que eles passam por meandros técnicos que precisam ser melhor esclarecidos.
  
O Inmetro ratificou os resultados dos testes. Diz que os laudos apresentados não invalidam as análises que reprovaram os desinfetantes. Informou ainda que representantes da Reckitt acompanharam os ensaios e manifestou confiança no trabalho do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde.

“Agora o mais importante é sentar com os fabricantes, com os laboratórios e com a Anvisa e verificar o motivo da dificuldade de atender à legislação”, afirma Marcos Borges.

 

 

 

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